Olho as horas, invento demoras, a ver teu sorriso canção
Espalho o desejo na mão
E deslizo o desejo à câmera.
Vire-se agora, finja a demora
Respire e me encante a ir
Entrelaçada nos meus mil dramas.
Roteirizo a cena
Plano aberto, cinema
Espalho o sal do riso que me viu
E deslindou meu normal.
Vejo somente a marca das lentes criando um fim
O deserto, o decote, o lírio
Em um "Era uma vez", a construção da chama
Move-se e para, ali desenhada
Em um Bonde de desejos que encenam a si
Qual Western onde meu peito é drama.
Luz, ação, pequena
Flor de meu cinema
Nada mais
É meu "the end" que vem
Pra no real ser meu bem, minha paz.
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