Às vezes saber é uma forma de murro
Cores, panelas, cortinas, fé
Transmutam-se em fim
Calam-se em casa
Surdas me fazem ver
Como as cores desbotam no mundo a ver
O sol sorrindo um fim
As ruas cantando sonhos, um outro mundo
Um ser
Que arde a ver nas luas outros sins
Nas ruas um que de indiferença.
Milagres, sistemas, hordas, pinturas e muros
Não me importam mais
O simples, o concreto, a rua, o murro
É o que me tira a paz
São tantas as cores e as formas de se morrer
E só o mais simples fim, o cruel cotidiano
Me dói
Me cala o ser.
Hoje não sei ver nada além de fim
Hoje não sei ver as diferenças.
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