Um algoz no mar do mundo
E eu aqui indo afora.
A rir defronte o inimigo
Em um silêncio gritando
Fervido em breves espasmos
De um parco sentido.
A ir como se o longe rira
Parado, em risco, na busca
Prevendo a voz calada
Ante o silêncio que escuta.
Numa forma de ver mundo no aqui
Perco as horas.
A vir de um mundo espada
De um corte feito de murros
Colorindo o passo na água
De um simples sussurro.
A abrir o onde na própria pele
Nas horas de sermos novos
Amar é saber-me imberbe
Na flor que a alma envolve.
Nas palavras perco os mundos de mim
Acho as horas.
Nasci fruto de um Rio
Nasci flecha e arco
Crescer dói por ser bonito
Viver é ser pleno parto.
E ali tudo é perigo
Aqui melhor é todo o antes
Me lanço por ver-me rico
No cofre de almas brilhantes.
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