Morena de meus sonhos, de mil faces, de meu eu
Me faça vida
Faça agora, peço-te em orações
Faça-me um trecho de um verso de poetas
Faça um som pleno destas notas absurdas que a vida dá ao sol
Dá-me o dedilhar das linhas finas das montanhas, das canções.
E vem Morena em passos delirantes
Em suaves sussurrantes vozes de tornar febris
Meus olhos, meu país.
Morena de cores, de ardores, de bons ócios
Faz-me lida, faz-me porta, abre-me em emoções
Feitas de espaços, templos gregos
Muralhas e mil grilhões.
Morena me dê um colibri, uma chave pros alçapões
Que tornam-me cego qual morcego
Que me tornam multidões
E tenha em mim o parco mendicante
O sustentáculo errante do amar assim sem fim
Assim inteiro enfim.
Morena de antes dos tempos mais remotos
Dê-me em tua vida, tuas glórias
Feitas de toque e som
Deixe-me ser teu amor amante
Um teu servo, um tem dom.
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