Queria ter flores nos olhos, dramas
Espelhos, sutilezas de invenção
Reparo meu olhar e vejo o canto
Trazer-me artimanha
E desejo um segundo de notar mundo, de brincar.
Vi voar imensidão e crio peças com a estrela menina
Tão rara
Tão espada
Vejo mar e o coração aperta a dor de ser pessoa
Ando em asas
Teço vida.
Guardo as passagens, as paradas
Temo então morrer de alma guardada
Tudo é gélido e certeiro nestas cenas de um mundo onde morrem primaveras.
Mudo, encerro o corte do que olho
Deixo-me esquecer o que meus olhos
Costuram em pensamentos, quero apenas o sentido
Sentir ido mundo afora.
Se sei mar, esqueço então
Pois o que quero é aprender-te lua e alma
E se preciso
Ser a luta do crescir.
Há luzes em toda a cena
A estrela me fez notar
Porque tudo é você, morena?
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