Calada não é forma de mulher
Mulher da vida é talhada na voz
Voz é ser não consentida
Espelha a luz
A luz construída lá no céu da boca.
Na boca o céu é mar e mar é meu negócio
De mar navego em letra e letra é mesmo língua
E língua é falar
Falar é gota, é ilha
É ponte, é cruz
É surtir efeito, palavra é vadia.
O verbo é um amor e amor é cor, é mina
E mina é meu amor e mina é feminina
Feminino salto
De ser mesmo em si mais que um mundo de entranhas.
Entranhada na cor a voz sussurra, linda
A palavra que o amor libertado se ensina
Amar libertado
É lutar, dizer no sorriso que é dela
Que a ama.
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