Amar e mulher são sinônimos, não para todos, óbvio, mas amar e mulher misturam-se. Amar e mulher não limitam-se, amplificam.
Ama-se uma só mulher ou focar-se isoladamente em dado momento num só ser mulher? Não sei, mas inclino-me a vincular o amor à Mulher, todas, como o que existe. Aquela una, aquela uma, aquele pedaço de mulher, e pedaço de mal caminho, é apenas a referência imediata do amor ao mar Mulher, ao mundo Mulher que se estende infinitamente em nossos olhos, corpos e mentes.
Ama-se a Mulher! Amar é Mulher! Amar só existe pela existência da Mulher!
Daquela que mói almas, ou da que morde, ou da que devora corações no café da manhã, da que sensibiliza estátuas, da que vira verso, da bailarina de conto, da mulher dos gatos, da menina que desmancha-te em sorrisos, das borboletas, das ogras, das brincantes.
Amar é um verbo transitivo direto: Ama-se a Mulher.
Ama-se e é Mulher, pois sem isso o verso quebra as patas, o cheiro de inverno que invade as manhãs e sorri corações e deslinda-se, torna-se menor.
Ama-se a mulher que vai, a que te desama, a que amarás, a que amou-te, a que te ama, a que te espera para amar-te, a que te despreza. Ama-se e vive-se.
Pois a vida, ela mesmo, é fêmea, e das boas.
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