segunda-feira, abril 09, 2012

Luciana

Uma paixão é um mar
E mar é invenção de um Deus que torna-se palavra e ardor
E em sônicas e luminares rubras rosas tensiona o ser
Constrói muralhas, obras
E ardores
Arvores
Cala-se e despreende-se
É flores.



Não sei dançar e torno o olhar no rosto
Um dedilhar de canções que sorrio
A ver-te voar sabendo-se
Pintada
Esculturada na liberdade e vida
E amo, e sonho
Espero e em versos te sonho.

De tudo em ti vejo só o incerto
Colho matrizes de inventos
E inverso ao que há de mim
Aprendo-me dotado
Da nova luz que em novo me acumula
De cores, e ardores
Aprendo a ti
Com flores.

Quase morri em mim de medo claro
Das ruas tantas que pintavas tão frias
Até não ver além deste mistério
Que em mim construo em homem mais liberto
E nas cores dos amores
Escrevo a ti Luciana.



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