Se rio, corto por dentro e chuto o sol nas auroras
Redigito a voz
E teu sentido que imito se parece com um riso, um que gargalha sóis
Deduzo seu sonho em passos
Tu me desdiz com Espanhas
Calo-me em confusão que vira quase Guarânia.
Eu te invento demais nas cores que me deliram os dedos da mão
Você me diz coisas que trazem em si um labirinto
Uma espécie de razão
Eu te invento estrela
Você me dedilha inteiro
E me dou conta do mundo feito um jogo de espelhos.
Se em versos curto pasquim
Você me mostra meu lado que veste Falcão
Minhas ruas são feitas de esquinas
E as tuas patinam em praias, calçadões
As ondas são nossas fronhas
Nossos laços e enredos
Os mares são nossa forma de enxergar devaneios.
As coisas são tão assim que me desarvoram espadas e um jeito de ator
Não sei entender-te em mim longe desta entranhada vontade-amor
Sinto saudade das partes
Você me ensina a distância
Os laços em mim tanto ardem que me aprendo constância.
Não sei se somos do outro assim o todo diferente de ser e amar
Não sei saber mais do outro do que o intransigente jeito de inventar
Mas sei dos caminhos de ver e do que determina o peito
No coração que é condutor do meu destino, meu veio
E em ti vê uma canção reinventada espelho.
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