Eu não sei saber dos passos
Ando e enxergo o porvir
Vejo descuidos, vejo espaços
Ando e desvio dos espasmos das gentes
E me entrego ao movimento, ao passo.
Me descubro inventado
E não sei saber de mim
Gosto dos versos, infernos, astros
Recolho gotas de orvalho
E escalo o desenho de tua pele
Torno-me macaco.
Só se não sei sorrir é que me escondo
Só se não sei fluir me furto
Calo-me sem jeito
Espero o recado
Me sangro em céus, escureço
E desfaço.
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