Como é incrível perder-se na lógica
Toda palavra amarra em si o som, o soar
De mil motivos, pareceres, óticas.
Ares de prece, sentidos de sins soltar
No mar, no lastro do mil novos eus
E eu?
Vou afagar esse cheiro de deflorar
Sorvendo o ouro de aprender um novo Deus.
Misturo forças, milagres, me faço calar
Ouço no peito um cintilar, uma sílaba
Canto-a somente por aprender a cantar
E o que ecoa teu nome atiça
Não desespero no alcance que entendo da voz
Pois num segundo o que sinto vale-se de um tom azul
Que canto-te na semente do que busco
Sou apenas o soar
Sou muitas palavras
Não as sei de outro modo.
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