quinta-feira, abril 12, 2012

A alegria de estar vivo

Já não sei ser muitos
Privo a mim mesmo de mil signos
Não sei ser do vento o tempo
Sou apenas meu desígnio
Surjo, invento, apenas tempo.

É de mim que já preciso
Eu apenas, assim deliro
Morro e sangro vendo vícios
E observando destinos
Tamborilo meus inventos
E construo beletrismos.


Hoje rezo por meu inicio
Pelo sorriso, pelo abraço que atento me torna mais intimo
Já que tudo é tão vivo
E tudo é tão isso
Que o vento e meu intento costuram o chão onde piso.

Morro um pouco e caminho
Vivo enquanto dor que trago e rio
Pois o intento do meu tempo é conduzir-me principio
E qual príncipe do meu reino
Deste mundo que invento
Nestas letras onde trilho o caminho de meu tempo
 Me calo, ínfimo, salvo na alma do meu irmão vento
E agradeço em sorriso
A alegria de estar vivo.

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