terça-feira, janeiro 03, 2006

Bucaneiro

O que é o amor, Meu amor?
Será uma integridade
Ou um subterfúgio da dor
Uma alteridade?
Meu peito vaga inteiro
Sem respostas em pontes que partiu
Maramar
Marinheiro
Navagando pouco sutil
Ansioso nas asas
Da própria agonia
A respirar as palavras
E nem sempre em bons dias.

Por vezes em amarras no porto
Por vezes em mares alheios
Querendo mares sem porto
Vagabundo, Marinheiro
Nesta lei
De ir e partir
E voltar à ilhas, bucaneiro
Rindo, sofrido ou perdido
Pegando ondas na praia
Ou curtindo a maresia
Destas àguas soltas , ondas fartas
Ou no fogo dos bons dias.

Hoje meu mar é teu rosto
Meu butim e meu janeiro
Meu março feito de novo
Vagabundo, Bucaneiro.

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