terça-feira, janeiro 10, 2006

Poema de Astros

Pode um mundo maltratar você
Se tudo em si é teu riso raro?
Se versos caminham pelos ares
Por você
E quase o riso me parece
O espasmo
Do céu a perceber-se teu
Deixando seu azul
E abraçando o lilás
De tardes inteiras
Que brincam a incluir
Estrelas e luas alí
Onde Marte se expõe a admirar
As incertezas deste teu olhar
E a lua por vezes te empresta
Um brilho que não tem nome
Só é tuas cores.

Pode o rumo da história esquecer você?
Se pareces mais que uma estrela
Muito mais que um fato.

Pode um verso meu te descrever
Se imensa em teus olhos brilha a vida, o espaço?
Engraçado perceber a estrada se alongar
E eu simplesmente azul
Construído nos mares
Tendo entre as beiras destes rios
Daqui, montanhas a cobrir
O meu sorriso cortado na flor
De descobrir solto a voar
Esperando as horas certas
De ter ver com o meu nome
Entre as ceias e universos afins
Coisas que já não li
Talvez Neruda a nos assombrar
Talvez apenas te reencontrar
E ver se a lua desperta
Ver a força de ser ontem
Fazer meu hoje.

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