terça-feira, janeiro 10, 2006

Vamos à luta

Nem Neruda nem cuba
Talvez um monte de irreais cotidianos jogados ali no chão da várzea
E muita gente, como eu, navega como se letras fossem monturos
E derramando os seis por ái
Deixam-se nos acentos errados e virgulas imaginárias.

Nem Pts ou sóis nacendo
Talvez um chilique intelectual feito Às pressas
Para impressionar meninas que passeiam a ignorar-nos
Certinhos que somos em nosso caminho desigual
A usar máscaras pesadas que nos diminuem.

Nem eu nem breu
Só um dia a mais na desmesura do tempo
Dias esses que nos permitem tudo
Mesmo que a preguiça nos intimide
E o medo de ser nos torne bundinhas perdidos.

Assim de dia somos palhacinhos mimados
De noite assumimos a máscara de canalhas empertigados
Encantamos hoje
Destruímos amanhã
Ou não
Pra que mentir e fingir doer o que não dói
Beijemos e vamos à luta.

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