sexta-feira, janeiro 13, 2006

Menina Tempo

Valha-me breja
Lua acesa
Ritmado céu
Saber mulher é ter beleza, loucura e Deus
Fogo manso
Nas verve do torso, da mão
Inventada em pranto e breu
Jogo e dança que acerte-nos no mel.


Despir-se em veios
E clareiras de mundos ao léo
Sacar do ar as mantiqueiras
Lumes de outro eu
Que cultiva a delícia
E diz ser também outro ser ou rei
Mas que finge apenas leque
Finge lei.

Despir-se dela e ao menos rir
Fingir que vai largar
Sentir os outros
Flor de liz
Rementir o pirar
Ou será que é a penas assim ser também mão
E vulcão?
Ou amar é não saber-se então?

Fazer-se ela
Rir e rir
Nascer acordar
Saber ilusão
Saber ir mesmo que for pra matar
Ego e orgulho
Ser simples, efeito, feliz
Felizmente assim ou não
Dane-se toda regra e excessão.

Nas almas, nas esquinas
Nada é mesmo tão dor
Nem mesmo o sonho e a menina
Nem mesmo o amor
Por isso aqui reincidente no vento
De querer saber sabor
Deste outro novo ar
Menina tempo.

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