sexta-feira, janeiro 27, 2006

Qualquer Palavra

Pareciam sonhos acabados
Inventados de porções de Tempo
Parecia inevitável
Por um momento.

Mas a marés reduzem as calmas
A detalhes sem importância
E reverso ao que sinto, alvo
Me reduzo a criança.

Eu já não sei
Se é tristeza o que me acaba
Ou outra lei
Que me distorce toda a alma
Aqui só sei
A trilha que ando nas asas
De minha lei
Que me impede de morrer por outra alma.

Estranho
Mas nas ruas onde ando
Se arrasta
A mediocridade da abundância
E eu cansado de sonhos cortados
Por aí vago sem dança.

Ver luzes outras neste mundo frágil
Na fragilidade de minha irrelevância
Conduz meus passos em assaltos
Aos amores de luas tantas.

Pouco eu sei
Destes caminhos que se trançam
Só vou
A ver tudo um pouco, tudo em alma
E erro a ver
Coisas tão lindas desperdiçadas
Morri, eu sei
E renasci num jeito de qualquer palavra.

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