quinta-feira, janeiro 05, 2006

Um novo peito

Ante a cor
A flor me deu
O sentido quase fim de acreditar
E ver
O compasso simples de se lambuzar
Me lambuzei
Mas felicidade se faz só
E nem mesmo o amor
Na calma de sua presença
Pode transportar o mel
De uma existência.

Eu queria amor, mulher!
Mas a cor dos rios
Não me foi tão mãe
Até que a noite fez novo apenas dia
Amanheceu
Volto ao ofício de viver
Aprendi e fui dor
Agora sou a pena
Que destina-se ao céu
Em simplesmente essência.

É apenas ir, mulher
Talvez até sorrindo
Tristeza é mãe da fé
E do samba que nos faz nascermos dia
A cores ver
É incrível o ato de viver
E ver nestes dias porém
O nascer da luz fugidia das paixões
Rompem-se os cordões
Almas dançam a vida
A refazerem-se bem
Na construção tão bonita do calor
De um novo peito de amor.

Nenhum comentário: