quarta-feira, janeiro 25, 2006

Saudade

A Saudade que mata-me
Nâo constrói-se de realidades
Barganha-se na inconsciência de dias a toa.

É uma saudade contemplada pelo avesso
De rabo de olho
Ilusionada por uma realidade solta
E inconclusa.

Saudade assim
É como parto de poesia
Geradora do sonho de beijos ateus
Que somem pelo mundo
Por razões que nada entende.

Saudade assim é o risco da alma
A destituição da vida
Da gerência de nossos olhos
É a própria finitude jogada em nossos rostos.

Saudade assim
É boa demais.

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