Eu queria escrever uma canção que me doesse menos
Mas não uso máscaras pra mim.
Eu queria acreditar no futuro que meus ombros não carregassem
Acreditar em asas futuras e anjos piedosos
Mas meus anjos são treinadores
E meu caminho é o do Eremita.
Eu queria ser um carro, armadura, espada
Um guerreiro de sangue e suor
Um transformador de foice em punho
Mas sou Enamorado diante da escolha
Eternamente flechado na dúvida e na decisão.
A justiça e o julgamento que apareçam
No caminho de luas e sóis
Onde o Diabo, pai da dúvida, é mais que encruzilhada
É a explosão de meu ser mais escondido.
Eu queria uma canção do mundo
Onda a fortuna rodasse em olhos brilhando
Mas meu peito se desgarra Louco
Como se um Mago o tivesse encantado.
Eu queria apenas ver com os olhos da Estrela
E ter a Temperança de saber-me vivo
Porém meu destino se lambuza em taças de delírio
E a escolha, madastra
Impõe-se
Por si só
Com a dureza das cartas.
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