Sabugos olhos
Revezes de couro e de leite
Coronéis desgarrados de algo
Do êxtase covarde
De verem-se acima demais.
Destes todos nós porcos, gados
Reses
Fudidos e mal comidos
No espaço que inverte
O todo decente
Das pessoas astrais.
Pará
Milagre de Deus a tudo minguar
Minas de minas e horas
Gerais de lugar onde indignos são donos.
Faremos, será, todo o mar, todo o ar
Ajoelharem-se sem a mentira caótica
De sermos escravos de gentes
E prantos?
Senhores Cegos
Reizinhos minguados
Sem seres
Em frente ao seu micha cerco de mulheres
Se fazem crentes, sobrenaturais.
Enquanto cresce no ar
Alimentado por medos
A faca, o tiro, o sangue
Milhões, muitas vezes
Impacientes pelo golpe que vai
Achar o cerne
O verme
Das costas, dos Peitos
Na morte da própria fome de justiça
Na sede
De tão somente
Libertar-se em paz.
Pois não?
Somos humanos
Calangos, rivais
Inteiros na estupidez que não some jamais
Nesta paz, nesta paz maceira
Que invade e vai
A calar nosso destino
Nossa mais profunda verdade
Fechada por demais
Nos tons de ordem sem dom
De manter-nos
Jamais.
E nós, calados, escondidos
Profundos, com medo
Sorrimos e rimos, findos
Buscando o rumo
Do Golpe mudo
Íntimo
Fatal.
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