terça-feira, janeiro 03, 2006

Deixando poemas sairem do peito

Demais ( Ao som de Demais de Tom jobim)

Não me acho na beira do cais
Não me encontro voando sem ais
Minha vida é armada
Pilantra, jogada
No meio do ir pelo mar, pelo bar.

Mesmo rindo eu finjo demais
Mesmo indo eu fico demais
Na beira dos cigarros
Dos tocos jogados
Entre alguns planos e ausências demais.

Não me engano
Nesta existência sem quê
Tranço poemas soltos
Que nem eu vou ler
Minha razão é um limite banal
Pro que meu coração insiste
Dedo em riste
Sem ar.

E me calo ou falo demais
Danço samba ou tangos astrais
E me fico deitado, imerso
Nas poças desta paixão tão grande
Que arrumei por você ser
Tão enorme demais.

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