Ando
Por aí sem rumo
Parco, alto, mudo
Sem consciência do entorno ao ar.
Canto
Sem sentido
Sem sumos de frutas e ruas
Falo em versos de lugar.
E não mais há nenhum lugar
Na mente, alma
Nada a voar.
Ando
Sentindo os tantos
Jeitos de ser anjo
Demônio nos cantos
Bem e mal
A se trançar.
Sonho
Cada outro plano
Cada desengano
Enfrento-me a desintegras.
E não há mais eu a lutar
Palavras perdem-se a vagar
Pois não há
Nem palavra a soar
Silêncio mundo
Tudo a calar.
Ando
Por aí em tantos
Jeitos e acalantos
Versos e encantos
Que aprendi a cuidar, regar.
Canto
Pelo próprio Canto
Pelo desencanto
Pelo amor, que é tanto
Rimo Deus a mar.
E só há
Alma sem lugar
Aqui, Agora, parto a bailar
Pois só há
Ser mesmo e não mais
Que alma em si inteira
Será paz?
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