terça-feira, janeiro 10, 2006

Talvez nem hoje p/ Nana

Bonitos os dias
E eu calado olhando por você
Na mente minha de novos passados
Onde tombos me aproximaram
Do que eu sei
Ser simplesmente o extraordinário.

Pra que fingir que o azul do céu
É o mesmo azul?
Pra que mentir
E inventar mil besteiras
Quando o que sinto aqui
Entre trampo e o rir
É o lumiar cantado de nova cor
Um instrumento, um cão, gatos
Bar
E a multidão perplexa
Porque não fomos ontem
Talvez nem hoje.

Feitiços de dias
Me tornam sorriso seu
Misturo pessoas nos verbos que acato
Todo dias as ruas abrem-se como um mar
Vermelho de apreço
Como um vinho que deita o corpo em nossos lábios.

Pra que fingir que o mundo é o mesmo aqui ao sul?
Pra que mentir e negar que as freiras
Ruborizam a sentir
Esta bomba que é um sim
Que ouso até chamar de amor
Feito de ondas meio sol e mar
E que não está na promessa
Foge de todos os ontens
Talvez dos sons de feira
A tamborilar o ir
Batucada de rir
Como ribombo de um namorar
Caçada nua a desenrolar
A desinvenção da promessa
Um amor que não tem ontem
Talvez nem hoje.

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