Me surpreende a magicação de palavras
Como se magicar fosse assim
De raio.
Esta suspresa é meio conversa de boi manso
E papagaio de topete preto
Mas é um susto que dá nos dedos antes da conversa da alma
Com o minuto seguinte do dia.
A versação dos tempos
É a mania de ver as não coisas
Indo por entre o magicar
E estas maduras ruas
De ônibus e gente amuada
Parecendo boi calado
Babando na beira da cerca que eu nunca vi.
Nós, que vivemos tudo como se antes
Aparecemos por aí
Assistindo desvios
E dubiando invencionices
Porque nós brincamos de ir e vir
Assim como aquela pedra que me pisca o olho
Que não há.
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