terça-feira, agosto 15, 2006

Seja cor

Tenha calma e olhe do sol
Teu brilho soberano
Que de fato
Reconstrói a esperança feita
Deste novo laço
Que hoje curto
Como se a brisa fosse a intenção
Repleta de sonhos fartos, feitos de mundos
Já luminosos
Pelo esperar de tua alma bela.


Vê que hoje meu sorriso é parte
De simplesmente vida
E vida é festa
Recriada na visão do eterno que existe em cada dia
E assim tornada novamente uma paixão
Faz-se do outro
Aquele rir
Que é coisa bela.

Que teu dia tenha a sorte que possuem os corações
Que já são flor
E resista ao medo que domina a flor das terras
Partindo firme pra inventar do espaço
A beleza e a razão
Como se o momento fosse do amor
O fim do triste que a tudo encerra.

Eu me rasgo a parir o fato
De tua alma que brilha
Em mim, na festa
De nascer somente sendo o sol e percebendo-se dia
Pra que a justiça deste sabor que guardo como um mundo
Seja o norte quase que criado santo
Por nascer do sentimento raro
Como um sonho profundo.

E assim desejo que cada teu dia de glória
Seja um ato, um fato da imensidão
Como se meu corpo fosse a própria Terra
Como se teu corpo fosse uma canção.

Nós, sorrisos claros de mundo, sol, floresta
Partimos a requerer de Deus
O iluminar das peles
E dos olhos tantos de cada irmão de lida
O iluminar dos outros, do viver
Das Terras.

E que teu dia seja mais claro que o do mundo
E o do mundo seja qual coração
Que apesar dos mares que derretem olhar e giz
Navegue com fome
Pela arte do som.

Se a nuvem distante tamper teu sol solene
Grita a canção da moça
Invente-se da fé
Um enorme sonho em bloco
Passeata feroz
Contra a inclemente injustiça atroz
Destes todos que tem medo de sentirem-se
Tolos
Como simplesmente enorme pessoa
Eu que sou criança inclemente ao tempo
Dou-te o ter, todo o fazer
Que teu dia seja cor.

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