sexta-feira, agosto 11, 2006

Minha era

Olha este meu olhar que sem segredo
Parte como o sol invade a casa
Nutre minha boca de solar!

Invento outro lindo mar sem maus enganos
Vago por sentir teu corpo errante
Entre minha vontade de ir
E o estupor de ver o mundo
Sempre tão distante da visão
Desta linda calamidade humana
Que é sentir de todo o amor
Este natural de ser humano
Partícula do fogo do viver.


Olha pro véu da terra
Amor
Planta da terra a palavra certa, amor
Amor que erra
Perambulando pelas cercas
Que vivem de medos de mil hunos
Não se percebendo a imensidão do vento
A nos acaraiciar em tantos planos
Revirando nossos olhos mudos
Quando nos tocamos sem ferir
Pelo retumbar do som profundo
Que é luz de toda a criação
A nos recuperar a aurora
Pelo receber o sol com flor
Natural de nós é ser exato
Como só o amor pode oferecer.

Deixa eu dizer, amor
Este florir
A flor
A nos também ser, amor
Venha a rir, ser flor
Venha a ser, ó flor
Meu sol
Minha era!

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