quarta-feira, agosto 16, 2006

Todo teu controle

Palavra é meu mundo
Eu saboreio a cor e o destino dos nomes
Cores são nome à solta
Nomes são nuvens, aves, odores.

Palavras são meu rumo
E empresto toda razão ao que coração come
Se alimentando da fresta, da festa, da alma
A palavra,professora, é meu cais e meu hidrante
A servir, apagar, incendiar meu doce e meu sal.

Palavras são meu prumo
Enquanto eu, indigente,
Rabisco outro nome
E esqueço minhas fomes, labirintos de renome
A ver no rosto amado
A ver no sonho calado
Destas eras que me encerram
Quase um nome sagrado
Uma réstia de flores.

Palavras trazem tudo
Entre os recortes do nome Porque
Entre as danças alvas do horizonte
Espero enganado outro passo
Escrevo pra quem gosto
A sinalizar o oposto do ócio
E demonstram meu Quem.

E nesta vida de alvo estranho gesto calado
Entre as frestas das estrelas
Eu já recrio fardado de Galahad
Tuas cores.

Palavras
Tudo
Mundo
Versos trançados em meu novo O Que
São da alegria seus soldados
Pois há amor
E eu sei dizer
Tudo o que sei
Pois da Palavra eu, bardo,
Recrio mundos e estalos
Estrelas, periferias, carros
Nuvens belas, mil favelas
Pra correr e ter-me abraçado
A todo teu controle.

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