terça-feira, agosto 29, 2006

Navegar, navegar, navegar

Descrever-te é pros olhos
A arte do morrer
Pois como falar-te em meio
aos brilhos que a vida
Impõe a nossos sonhos humanos
Apaixonados pelo jeito
Que a bela escorre
Por entre ruas, pontes e trilhas?


Descrever-te é pro sonho
Quase que um nascer
Pois o ver pelo olhar dos que amam
Não é mais loucura
É saber-te sorriso que Deus
Inventou sem limites
Fez teus olhos do mel que do mar
Faz o olhar navegar, navegar, navegar.


Descrever-te é pros dedos
Quase que um tecer
Das maçãs do rosto a esperança rósea das luas
Das trilhas
Que formam teus ombros que sustentam mundos
Em segredos
Que a pele revela aos toques que são poesia.

Descrever-te é pros lábios
Quase que um sorver
Da sanha que encanta a palavra
A versão da loucura dos lábios
Que adentram nos meus
Recriando as sílfides
Que levam-te a ser todo o mar
Pro olhar navegar, navegar, navegar.

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