quinta-feira, agosto 03, 2006

Natura

A cada sabor e a cada espanto
Do peito a ronronar
Petisco um pouco a lua
Ouço tua voz, tua candura
Faço um som com a cor do teu tom
Me lanço à rua
Não quero cruz
Espero luz.

E parto sem esperar
Sem calar-me a fé
Sem perder de manhã o bus
Acalmo mi corazón
Num bolero em vão
Pelo asfalto que já me conduz
À calma de todas as almas
Que colhem afazeres de luz
Paixão que hoje flui
Paixão de sonhos
Fui
A tentar construir em terra o tom
A voz, os azuis.

Deixa eu só cantar
E te encantar
Ronronar natura.

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