quinta-feira, agosto 10, 2006

Expansão do intento

Perdoe-me a rir em pleno novo mar
Daqui de cima o vento a disfarçar
Pleno de estrelas baila-me à distancia
Do olhar
De um sonho que me deixa a vida
E a arrasta
Tentando em si mesmo o todo inventar.

Sonho desses só vi nos becos de Shangrilá
Rabisquei rimas mesmo, sempre lá
Entre belezas e sorrisos ocos de vagar
Entre ventos de cores quase lindas
Pelas Áfricas
Rebusquei medos e nasci de novo a notar
A alma
A cena
A palavra intensa
Que cala o vento.

Palavra que encena
Da alma a pena
Que desenha intentos.

Vago entre rios, entre o mar
E o mar recria meu novo inventar
Faz já comigo a dança
Que das ondas traz o olhar
Que do vento ator retira as finas
Mil camadas.

Porque dizer sem som o tom do se calar?
Se à alma, as cenas
A beleza intensa desarma, qual vento?

Sou alma tão plena
Pequena, intensa
Expansão
Do intento.

Nenhum comentário: