Parece que o mundo
Rompe contradições feitas sem seu nome
E mostra-se em mil cores
Rebusca o liguajar do torpe
Apenas pra ser mundo
Perfeito e infindo sob teu nome
E teus olhos
Que fazem-me tremer a pele
E das asas ir de malas
E de proas.
Como te falar de hidrantes
Se o meu natural é içar das rosas as pétalas
E dar-te o sal?
Parece que meu todo
Hoje tem a febre se querer-te sem antes
Servir-se em meio à fome
Na bandeja do teu nome.
E como que encantado
Ausente e mal humorado
Vejo a cela que me encerra
Antes do tempo agendado
De ver-te entre flores.
Parece que eu sussurro
Com esses delírios de te ver
Pelas manhãs que disfarço
Vendo o espaço, o regaço
Dos meus sonhos impostos
Pelos desejos que crio em ócio
Sou mesmo mais ninguém.
E como que ausentado pelos receios marcados
Vejo a vela que afeta
O fluxo do vento sagrado
Movento almas sem motores.
Parece que meu mundo
Parece cada vez mais com você
Nesta esperança que rasga-me a fronte.
É amor ou é você
Tudo o que sei?
Ao menos sonho
Em atos.
E a cada ato me deparo
Com a forma dos teus espaços
Dança a bela
E me encerra o medo antes calado
Quero-te entre flores .
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