sábado, agosto 19, 2006

Rebuscamento

Parte de mim nasce flor
Arrestada do mar
Parece filme
A coisa de magicar
Este beijo do seu
Que contracena do a cor
Destes meus delírios ar.

Magica o mundo que vem
Como se a parecência com o todo
Fosse a luminesa das almas lindas
Pra te falar daquela rima
Aquela coisa que tu rima a andar
Como se fosse da ciranda, da cor, do ar
A perfeição do toque da arte sobre a fala fina
Da canção que em ti mesmo se encerra
Como se encerra a discussão de longe, ínfima
Do tempo com o tempo
Esperando do vento canção
Inundada de ti e de nãos
Como se a cor deste vento sem tempo
Fosse a noção bela
Da alma toda
Parecer sol.

Parte de mim nasce cor
Cor de invento de mar
Magica o frio no calor
De cada olhar
A rima nasce di eu
Eu quase todo mentidor
Ou cantador do falar.

E enfim rebuscando línguas
Que se atiram sobre as retinas
Os delírios e os retiros
Das palavras algo vivas
Que traduzem-te como um sol.

Parte demim nasce flor.

Repetir rima é cor
Parte de Deus com o luar
Capeta firme na condução do embarcar
Na discussão de Deus
Como do Diabo amor
Neste eterno remar.

E reveja a arte crime
Espera, espera que te ilumine
A reesquecida peça da palavra que qual filme
O espelho da arte
Se arma em parte de em ti ver lamento
De em ti ver perfeito
Este toque vermelho
Este som qual intento
Que regula o acanhamento
Do toque que dá teu jeito
A cada qual que hoje verso
Se reparte em coisa flor
E te entrega o pensamento.

Porque de mim parte flor
É elegia do amar
É querer frio o doce tom do se encantar
E deixar-te todo meu
Coração que hoje flor
Rebusca a rima do amar.

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