domingo, agosto 13, 2006

Peito Infindo

Esperança clara
Vivência de outra calma
Irrazão nítida de ser
Palavra por palavra
A alma da palavra
Cantada assim sem saber
Destinada a ser sem fim
Alma do desejo de mim
Por este teu instante
Irresistível antes
Da invasão do sol em mim.

Pedaço de outra asa
A asa que faltava
Pra eu voar sem saber
Pelos jardins floridos
De rosas e vestidos
Alçada assim entre o ser
Calado sem nem bem notar
O desejo acariciar
Perdoe-me se adiante
Ansioso e andante
Só quero é te ver ao mar.

Como é preciso tanto ver você
Ali parada me dando sentido
Se outra coisa além de escrever
Eu já soubesse
Te daria rindo
Meu ser.

Largado pela aurora
Olhando só pra fora
Além de mim
Proutro ser
Que me invade a casca
Rompe muralhas rasas
Me abre a me perceber
E eu querendo melhorar
Só para poder te amar
Me dispo dos infantes
Mil medos não galantes
Me deixo todo arrebatar.

Segundos são palavras
São eras, digitadas
Proferidas pra derreter
Caladas mágoas, ritmos não bons de dançar indo
Pro sol assim me fazer
Um menino a me deixar
Perdido entre teu olhar.

Como dizer em instantes
O desejo galante
De ser pra ti o luar?

Como é preciso tanto ser você
Imaginada em um sonho lindo
Que toda noite tenho a perceber
A parte clara do viver
É te ver rindo.

Como eu preciso tanto te saber
Pois só palavras não definem isto
Que é sentir teu corpo, o teu ser
Prenchendo o vácuo do peito
Infindo
Por você.

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