quarta-feira, agosto 23, 2006

A poesia que vem do teu olhar

Descrever teu rosto ante o frio
Das letras a tamborilar
Os dedos sobre a pele macia
E as teclas do desenhar
Teus olhos de amendoados sonhos
E maravilhas de mel no ar
É imperceptível esforço da vida
Para a pintura nunca manchar.

Descrever teu corpo , teus ombros
Tua pele a nos amaciar
Teus cabelos de negra linha
Tua poesia gentil de andar
É particularmente um cuidado
Tremor do ato até assustar
Porque descrever teus passos
Tua linha
É simplesmente descrever o mar.

Por isso busco ver-te ao Rio
Como espelho do alegrar
Como a fada sereia viva
Que nas esquinas faz-se lunar
Iluminata de almas vivas
Verso cantando por Elomar
Talvez amor, talvez poesia
Toda poesia que eu puder cantar.

E por isso colho dos monges
A rosa multicor do voar
E me encanto a dançar em sonhos
Buscando gentilezas do ar
Pra tecer das coisas os fados
E entregar-te antes de acordar
Porque o calor que arma-me a vida
É a poesia que vem do teu olhar.

Nenhum comentário: