sexta-feira, agosto 18, 2006

Duas semanas

Nas garagens
Nas linhas
Dos trens de manhãs duras
Espero teu sorriso
Entre lírios e campos
Que fogem da lua.

Todo teu carinho quase me faz sol
Teu cuidado me tranforma em sorriso vencido
Entre noites rubras.

Merecer tuas linhas
Teus toques e fúrias
No corpo que passeia
Fingindo, chorando
A distância nua
E talvez ser simples
E talvez ser dó
Tocando na viola que muda janelas
Compondo canções e velocidades sem riscos.

Eu parto nas manhãs frias
E lembro tua boca
Estremeço ao buscar sentido
Nas semanas duas
Que me trouxeram o fogo
De nascer sol
E correr perigo
De buscar-te em chamas
Sabendo das luas
O beijo do sol
Aqui refletido
Em duas semanas.

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